"A pessoa normal nunca existiu..."
- Angélica Gadelha
- 13 de mar.
- 1 min de leitura

A pessoa normal seria, pensando em termos matemáticos, um resultado ideal da média dos elementos que definem uma determinada população/ cultura. Seria a característica mediana, a pessoa média.
A pessoa normal em carne e osso não existe, trata-se de uma abstração. O que existem são pessoas individuais, com suas características e disposições, inseridas em um coletivo.
Mas quantas vezes essa abstração não pesa sobre nossas cabeças? Esse julgo que impera sobre o comportamento ideal, o personagem típico, o que deveria ser saudável, o que deveria ser correto.
Os termos coletivos são muito valiosos. São guias. São identidades de um povo. Mas não subjuga aquilo que é de individual. Na perspectiva da psicologia junguiana, a balança do desenvolvimento psicológico equilibra a nossa diferenciação e a nossa integração em relação àquilo que é coletivo.
O que temos nos nossos encontros são pessoas individuais, que pedem um tratamento único, uma relação nova, uma psicologia específica. O acento que é dado à individualidade, porém, não é desconexa do contexto e da cultura. No final, procuramos uma forma de nos adaptar - específico como somos - à dinâmica da vida, à dinâmica social.
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